Como ter representatividade populacional nos meus programas de saúde?

Adesão em massa em programas de saúde é um dos principais desafios para gestores de operadoras de saúde e grandes corporações. Capilaridade pode ser alcançada com ações simples e direcionadas. Saiba como!

Tão importante quanto identificar uma necessidade de intervenção e criar uma proposta preventiva é garantir que o público para qual a solução foi criada aceite, acolha e se engaje na proposta. Essa afirmativa faz ainda mais sentido quando estamos falamos de programas de saúde, uma vez que o objetivo final visa contemplar não apenas a melhora dos indicadores para as empresas como também a qualidade de vida e o bem-estar da população assistida. Mas, o que fazer quando os programas de saúde não conseguem ter uma representatividade populacional? O que fazer para garantir capilaridade, ou seja, adesão e engajamento?

Para chegar a uma solução é preciso, antes de qualquer coisa, entender quais são os elementos essenciais para conduzir um processo de mobilização social. Mobilização social é todo e qualquer interação humana gerada a partir de um elemento comum, podendo ser desde um grande acontecimento até uma eventualidade. Exemplificando, mobilização é o movimento social direcionado de determinado grupo gerado a partir de um motivo em comum: um casamento, um acidente de trânsito, uma manifestação ou, sobre o que estamos falando, a adesão a um programa ou atividade. 

Assim como não há adesão sem mobilização, não há mobilização sem a criação de uma identidade de grupo.  A identificação entre os pares é essencial para que a população alvo do programa, e que se deseja engajar, seja convencida e alcançada. Por isso, antes de pensar em criar um programa de saúde na sua operadora de saúde ou empresa, procure elementos comuns no grupo, além do problema que você pretende resolver. Uma boa solução é criar mecanismos de identificar, filtrar e mapear os perfis com as mesmas necessidades e, a partir delas, construir ou incluir alternativas de solução nos seus programas de saúde. Por exemplo, o aumento repentino de pessoas com sobrepeso que estão evoluindo para obesidade e doenças crônicas pode motivar a criação de um programa de acompanhamento dessa população, mas o que vai mobilizar essas pessoas e fazer com que elas queiram aderir ao programa é a possibilidade de ter mais bem-estar no dia a dia e não a melhora nos indicadores de saúde em si. 

Para ter representatividade populacional nos meus programas de saúde

Resumindo, para gerar adesão em programas de saúde na sua empresa e aumentar a capilaridade é importante identificar as populações que serão atendidas pela sua proposta e criar para elas ações focadas nas soluções de seu projeto e não no suposto problema.

Para te ajudar a identificar sua população por perfis, conte com a hCentix. Temos plataformas e soluções digitais que permitem a você mapear, filtrar e prever possíveis riscos com base nos perfis e histórico de saúde da sua população. A partir daí, fica mais fácil você identificar qual ou quais programas serão mais bem-sucedidos e terão mais chance de adesão dos seus grupos.

Concluindo, para ter mais capilaridade e adesão nos programas de saúde você precisa: 

  • Mapear a população e filtrar perfis que podem ser alvo da proposta. Se você ainda não tem uma solução para fazer esse levantamento, entre em contato e conheça as soluções da hCentrix.
  • Crie ou encontre uma identificação no grupo a partir de um elemento comum. O elemento comum nesse caso pode ser o que motivou a criação do programa ou a solução que ele entrega.
  • Organize a mobilização do seu grupo (população) para que ela seja direcionada e mais assertiva.
  • Foque na solução e não no problema. Com o grupo mobilizado, inclua no seu programa de saúde pequenas e múltiplas soluções que promovam mudanças reais e benéficas para o seu grupo.
  • Acompanhe os indicadores. O objetivo do programa é, na maioria dos casos, reduzir os impactos financeiros e futuros reorganizar o consumo do sistema de saúde. Por isso, é importante o acompanhamento dos indicadores da sua população para uma análise mais detalhada dos resultados.

Seus programas de saúde não conseguem ter uma representatividade populacional? Que tal poder contar com soluções direcionadas e mais controle na tomada de decisão? Fale com um consultor agora e conheça todas as soluções da hCentrix.

Exames de Covid-19 – um (pequeno) novo desafio para a Regulação

A Auditoria em Saúde é um processo de avaliação das rotinas e tarefas a fim de verificar se as atividades apresentam conformidade com os documentos preconizados pelos órgãos reguladores e contratos. Ela tende a alinhar os custos operacionais com os recursos disponíveis e se utiliza de tabelas e protocolos técnicos, que ajudam a direcionar o gestor no alcance de práticas eficazes. Sendo assim, ela contribui para evitar o uso inapropriado dos serviços oferecidos, prevenindo a má conduta.

Por efeito da pandemia de COVID-19, que assola o país e o mundo, em março de 2020, o exame para detecção do Coronavírus (RT-PCR) foi incluído pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde e passou a ser de cobertura obrigatória aos beneficiários de planos de saúde (Resolução Normativa nº 453). Meses depois, em agosto de 2020, a ANS decidiu incorporar definitivamente o exame de sorologia (Resolução Normativa nº 460) que havia sido incluído por motivo de liminar judicial, posteriormente derrubada. A decisão da Diretoria Colegiada da agência foi tomada após a ANS concluir análise técnica das evidências científicas disponíveis e promover amplo debate sobre o tema com o setor regulado e a sociedade. 

Apesar de não representarem um alto custo, espera-se algum impacto financeiro decorrente da inclusão desses exames, haja vista a grande demanda para sua realização.  As inclusões dos exames vieram acompanhadas de suas respectivas diretrizes de utilização (DUTs), que nada mais são do que regras e normas elaboradas pela ANS e que servem para orientação e regulamentação do uso adequado de procedimento médicos e exames complementares. Elas são descritas e baseadas em estudos médicos com a finalidade de utilização das novas tecnologias ou exames que realmente possam trazer benefícios para o paciente ou que auxiliem os médicos no diagnóstico de doenças.

Como médica auditora /reguladora que atua no processo de autorização de senhas, tenho recebido uma grande demanda diária de solicitações para tais exames. Analiso o pedido médico e, quando necessário, solicito complementação das informações ao paciente ou ao médico (se for possível) assim como laudos de exames previamente realizados (se existentes). Dessa forma, posso avaliar se cada caso se adequa ao que está preconizado em cada DUT e avalio a cobertura.

Percebo que grande parte dos colegas médicos assistentes não está sabendo solicitar ou interpretar os exames. Cada um tem um tempo correto para ser solicitado. Não adianta solicitar um exame de RT-PCR muito tempo depois do início dos sintomas, sua acurácia diminui com o passar dos dias. Não existe indicação para se pedir RT-PCR e sorologia ao mesmo tempo. Será que realmente é necessário pedir um novo RT-PCR se o paciente já tem um anteriormente positivo?    

Também venho me deparando com algumas tentativas de pacientes que tentam “burlar o acesso” a esses exames. No mês corrente foram dois casos: Após terem conhecimento das negativas, os beneficiários imediatamente abriram novas senhas e apresentavam pedidos de outros médicos onde mudavam sua história e até omitiam o fato de terem realizado exames prévios para conseguirem seu intento.

Portanto é importante que o auditor SEMPRE pesquise o histórico do paciente no sistema, antes de liberar qualquer um desses exames. Somente dessa forma conseguimos ver o quadro completo, o que foi pedido anteriormente e porque foi deferido ou indeferido. E assim, podemos evitar o desperdício dos recursos e regular o acesso de forma justa e igualitária para todos os beneficiários do plano.  

Dra. Isabella V de Oliveira

Médica / Regulação em Saúde

Como operadoras de saúde e grandes corporações podem reduzir desperdícios e evitar custos sem reduzir a qualidade assistencial

Estima-se que 30% das despesas do setor tenham alguma forma de desperdício que poderia ter sido evitado. Saiba como reduzir os desperdícios sem reduzir a qualidade assistencial na sua empresa.

O aumento do custo assistencial é uma das maiores preocupações para as operadoras de saúde. De acordo com uma pesquisa da Federação Nacional de saúde Suplementar, a FenaSaúde, os custos com assistência, incluindo consultas, internações e outros tratamentos, chegam a consumir mais de 80% da receita arrecadada com as mensalidades dos beneficiários. Esse número por si só já é bastante preocupante para qualquer gestor, mas há, ainda, um outro dado da mesma pesquisa que traz à luz outro problema: o desperdício de recursos. Ele representa, segundo a FenaSaúde, 30% do total de recursos dispendidos pelo setor.  Para saber como reduzir desperdícios e evitar custos sem reduzir a qualidade assistencial, vamos primeiro entender porque ele acontece.

Sabemos que, em se tratando de um serviço assistencial, os gastos são inevitáveis. E eles são inevitáveis por numa lógica muito simples: pessoas contratam ou aderem a planos de saúde porque pretendem utilizar ou querem a segurança de ter a assistência caso venham a precisar algum dia. Os custos desnecessários, contudo, são perfeitamente evitáveis e podem ser minimizados e, em muitos casos, abolidos.

Mas a redução dessa perda de recursos não é uma medida simples de ser tomada e aplicada. Isso porque o consumo dos recursos da operadora envolve muitos atores. É necessário que cada um deles seja abordado em suas etapas do processo e conscientizados sobre suas responsabilidades e os impactos ao pedir, solicitar, aprovar e realizar procedimentos e atendimentos desnecessários. Além disso, é essencial mapear todo o processo para averiguar possíveis falhas de operação que porventura podem vir a contribuir para esse desfecho crítico. Também podem ser consideradas opções de automatização de processos, monitoramento em tempo real de pacientes e outras soluções de IA (Inteligência Artificial) para orientar uma melhor tomada de decisão e promover a otimização dos recursos. Soluções inovadoras já disponíveis no mercado focam na redução dos custos a partir da reorganização do sistema e da geração de previsões de cenários críticos.

Reduzir desperdícios nas operadoras de saúde. Por onde começar:

  1. Uso consciente dos recursos: A forma mais simples e fácil é a conscientização de todos os agentes envolvidos no processo de solicitação e aprovação de procedimentos. Para que o prestador ou beneficiário possam discutir sobre a real necessidade de determinado procedimento naquele momento, é necessário que ele esteja informado sobre os impactos da realização de procedimentos dispensáveis e da responsabilidade dele enquanto agente desse sistema para fazer o uso consciente dos recursos.
  • Procura por soluções similares e com menor custo: Alguns procedimentos e tratamentos possuem alternativas no mercado com valores mais acessíveis e com nenhuma ou pouca diferença de resultado. Criar meios para buscar e ofertar essas alternativas é uma medida rápida e segura para sua operadora reduzir custos desnecessários.
  • Análise crítica de cenário e seus possíveis impactos futuros: Acompanhar e monitorar o comportamento da sua população é essencial para saber as situações críticas no presente, seus possíveis impactos futuros e agir antes que eles aconteçam. Uma ferramenta de acompanhamento populacional em tempo real, como a da hCentrix, será uma grande aliada na sua estratégia de redução de gastos desnecessários, desperdícios e na otimização de recursos da sua empresa.
  • Ciência de todos os custos envolvidos nos procedimentos que estão no Rol da operadora: Orientar os agentes envolvidos sobre todas as etapas de um tratamento e os custos de cada uma é uma estratégia de redução de custos que pode ajudar na tomada de decisão e na procura por alternativas de menor impacto financeiro.
  • Conscientização do beneficiário: O uso consciente de recursos também deve ser uma atitude do beneficiário. Mas para que isso seja possível é necessário envolve-lo com campanhas e ações direcionadas a fim de promover a conscientização, adesão e engajamento.

É importante lembrar que quando há redução de desperdícios e, consequentemente, economia de recursos, todo o sistema é beneficiado. Com a economia de receita, as operadoras de saúde conseguem mais recursos para trabalhar podendo investir na modernização dos processos e no aumento da qualidade assistencial.

Quer reduzir o seu custo assistencial e acabar com o desperdício sem reduzir qualidade? A hCentrix tem uma solução para você! Fale agora com um consultor.